Alterações hormonais podem ser causadoras de varizes?
Muitos fatores podem levar a formação de varizes.
Estilo de vida, ocupação profissional e fatores relacionados à saúde, todos podem levar a formação de varizes e teleangectasias em pessoas predispostas. Mas para as mulheres em particular, alterações hormonais são muito importantes neste aspecto. Estas alterações que ocorrem principalmente durante a puberdade, gestação e menopausa, afetam a quantidade de sangue corpórea e seu fluxo pelas veias.
Puberdade e doença venosa
A puberdade causa alterações nos níveis hormonais, e alguns destes podem causar um enfraquecimento das paredes das veias. Estas, enfraquecidas, com a pressão causada pelo fluxo sanguíneo, podem se dilatar, causando as varizes. Adotar uma nutrição saudável e exercícios regulares, podem ajudar a manter as veias com um mínimo de alterações durante a adolescência e os anos de adulto jovem.
Gestação e doença venosa
Gestação e a principal causa de varizes em pessoas com predisposição. Resultando num grande aumento dos hormônios circulantes, esta causa também num aumento da quantidade de sangue circulante, predispondo as veias a dilatar. Na mulher gestante, o útero cresce e sobrepõe pressão nas veias adjacentes, forçando estas a trabalhar mais para o retorno do sangue para o coração. A boa notícia e que as varizes da gestação tipicamente melhora nos três primeiros meses após o parto, entretanto estas podem piorar após cada gravidez.
Os efeitos do tratamento hormonal
Utilizar estrogênio, progesterona e pílulas anticoncepcionais também podem alterar a parte hormonal e os vasos sanguíneos, enfraquecendo as paredes venosas, levando a formação das varizes. Exercício físico continuado, hábitos alimentares saudáveis, com ingestão de fibras, elevação das pernas algumas vezes ao dia, massagens ou drenagens, podem retardar ou amenizar o aparecimento e sintomas das varizes.
Os melhores exercícios para Varizes
Em seguida listaremos os melhores exercícios para prevenir as varizes dos membros inferiores.
Caminhada: Melhor exercício. Além do alongamento, propicia as pernas e veias um aumento na circulação através da compressão excelente das veias e músculos.
Natação: Propicia que o coração e as pernas fiquem no mesmo nível, facilitando o retorno do sangue venoso, evitando o refluxo sanguíneo.
Musculação: Uma variedade de exercícios de pernas permite que estas fiquem num nível mais alto que o coração, facilitando o retorno sanguíneo. Trabalhe para que possa manter as pernas elevadas em exercícios por pelo menos um minuto cada.
Levantamento de tornozelo e dedos: Se permanecer de pé durante o trabalho, levante-se sobre os dedos dos pés e flexione os calcanhares. Realizar ao menos 30 vezes ao dia, contraindo e relaxando os músculos. Isto ajuda a comprimir as veias e músculos, facilitando o retorno do sangue venoso superiormente em direção ao coração, diminuindo a possibilidade de refluxo para as pernas.
Exercícios aeróbicos: Os de baixo impacto facilitam o retorno venoso ao comprimir a musculatura da panturrilha, a bomba que auxilia o retorno venoso do sangue para o coração.
Dança: Além de ser um ótimo exercício para todo o sistema cardiovascular, é um grande momento para compartilhar com os amigos.
Estes são os melhores exercícios para varizes dos membros inferiores. Porém, tenha cuidado de varia-los, a fim de tornar esta rotina agradável e prazerosa.
ADESIVOS BIOLÓGICOS E SINTÉTICOS – COLA DE FIBRINA
A formação de seroma, líquido solto na área operada, é uma complicação pós-operatória frequente em cirurgia plástica estética e reconstrutora. Qualquer procedimento cirúrgico que envolva a elevação de retalhos extensos de tecidos, e presença de espaços descolados, apresenta risco de formação de seroma. Abdominoplastias, plásticas de face, mamoplastias, próteses mamárias e reconstruções mamárias estão associados à esta complicação.
Embora a presença deste líquido (seroma) muitas vezes não apresente implicância clínica, ocasionalmente sua presença pode persistir por meses requerendo múltiplas aspirações, com um período de recuperação prolongado.
Os métodos empregados, atualmente, para prevenção de seromas incluem curativos pós-operatórios compressivos, imobilização e drenagem fechada com cateteres de sucção, além do emprego de suturas que diminuiria o espaço descolado. Estas medidas podem apresentar o inconveniente de aumentar o processo inflamatório.
Diversos estudos experimentais iniciais têm mostrado que adesivos poderiam ser úteis para obliterar espaços mortos e com isso minimizar o risco de desenvolvimento de seroma. As colas (selantes) de fibrina existentes a disposição no comércio são feitas de derivados sanguíneos biológicos. As colas de fibrina, feitas a partir do próprio paciente, teriam uma eficiência menor como adesivo que outros selantes biológicos comerciais. Os selantes sintéticos eliminariam a necessidade de doação de sangue além de evitar o risco de transmissão viral, porém apresentam um custo elevado e merecem mais estudos.
Existe uma limitação importante de estudos que comparam as características quanto às ações adesivas dos principais tipos de selantes biológicos e sintéticos empregáveis. A questão sobre qual selante teria força tênsil significativa com mínimo de complicações e inconvenientes; ainda é bastante controverso.
Este fascinante assunto atrai a atenção dos pesquisadores e nosso há anos, e vemos com grande otimismo as novas perspectivas futuras no sentido de controlar definitivamente esta complicação que pode trazer frustração aos cirurgiões e pacientes.
Por: Joel Jacobovicz
Médico formado pela Universidade Federal do Paraná (1990), membro titular e especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Cirurgia plástica na adolescência
Nas grandes cidades brasileiras os adolescentes procuram cada vez mais frequentemente consultórios de cirurgia plástica. Criou-se com isso a necessidade de um cirurgião plástico mais familiarizado com o problema do adolescente, do ponto de vista subjetivo e objetivo. Este profissional deve conhecer as diferenças biológicas do corpo do jovem, em relação ao adulto geral, suas modificações e seu comportamento frente uma cirurgia plástica e medicações específicas.
O cirurgião plástico que trabalha com adolescentes tem que conhecer a maneira de pensar própria e específica desta faixa etária. Engana-se quem pensar que o trabalho realizado com adolescentes e adultos jovens é apenas uma adaptação do que se faz em pessoas das mais diversas idades.
Os adolescentes trazem expectativas únicas que quando não bem compreendidas, podem levar a frustração e desânimo por parte destes jovens. É necessário conversar com o paciente longamente e entender os motivos que o levaram a buscar ajuda na cirurgia plástica. Orientamos que se possa conversar longamente com o adolescente separadamente de seus responsáveis e também juntos deles, para que possamos avaliar precisamente suas expectativas sem filtros parentais. O paciente jovem tem que sentir que você está do lado dele, mesmo que seja para contra indicar um procedimento, o que acontece com alguma frequência quando percebemos que a motivação é incoerente, as expectativas são irreais e o potencial de resultado limitado.
Os pacientes adolescentes e adultos jovens tem como característica básica a urgência e a negação. Eles acreditam que seu problema tem que ser resolvido o mais rápido possível e nada de errado poderá ocorrer com eles na busca de seus objetivos. Isto quando não adequadamente avaliado por um cirurgião treinado leva a procedimentos mal indicados, pós-operatórios mal conduzidos e prejuízo no relacionamento médico-paciente. Por outro lado, pais de adolescentes, acreditam que o problema trazido para o médico não é importante, que é influência passageira de amigos. Acreditam também que qualquer risco cirúrgico é injustificado.
Nestes anos nos adequamos para poder trabalhar com adolescentes e adultos jovens da melhor maneira possível. Toda a equipe, desde a primeira consulta, a fisioterapia pós-operatória, e eventual acompanhamento psicológico (com psicólogo especialista em adolescentes) que possa necessitar é realizado por pessoas treinadas no relacionamento com estes pacientes.
Joel Jacobovicz é médico formado pela Universidade Federal do Paraná (1990), membro titular e especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Vai viajar? Veja como reduzir o risco de trombose
Se você está pensando em viajar nos feriados de final de ano e férias nestes próximos meses, tenha em mente que longas horas sentado podem significar um risco de TVP, a trombose venosa profunda. Veja como reduzir o risco de trombose.
De acordo com a Sociedade Americana de Cardiologia, 1 em cada 1000 americanos desenvolve trombose venosa profunda todo ano, e longas viagens em carros e aviões
contribuem para muitos destes casos.
Durante períodos prolongados de imobilidade, o fluxo sanguíneo nas pernas fica restrito e lento. Fluxo sanguíneo lento pode predispor a formação de coágulos. Se ocorre esta formação nas veias profundas das pernas, este evento é conhecido como trombose venosa profunda. Nas condições mais sérias, um fragmento do coágulo sanguíneo pode se desgarrar e parar nos pulmões. Conhecido como embolia pulmonar, esta condição e
potencialmente fatal se o coágulo for grande.
Reduzindo seu risco de trombose venosa profunda e
coágulo sanguíneo
Mantenha–se em movimento
Aproveite todas as situações que te permitam uma pequena caminhada ou esticar suas pernas. Caminhe no corredor do avião por alguns minutos durante voos longos. Se você não conseguir sair do seu acento, mova os pés para cima e para baixo. Isto causa uma contração da musculatura da panturrilha e contrai as veias das pernas, auxiliando no retorno sanguíneo.
Mantenha–se hidratado
Tenha certeza de beber uma boa quantidade de líquidos. Evite café e álcool, que podem causar desidratação, fazendo com que as veias se comprimam, o sangue fique mais
espesso, podendo propiciar o aparecimento de coágulos. Opte por água e sucos.
Auxilie a circulação
Evite cruzar demais as pernas ou utilizar meias muito apertadas. Utilize meias elásticas medicinais, receitada por um especialista, principalmente se tiver algum fator de risco maior para trombose venosa profunda. Os fatores de risco incluem: sobrepeso, idade maior de 60 anos, gestação, utilização de pílulas anticoncepcionais, varizes dos membros
inferiores ou outras condições venosas.