Causas e sintomas da Síndrome do Viajante
Hoje a cirurgiã vascular Maria Carolina Colnaghi, da Angioplastica explica os principais sintomas e causas da Síndrome do Viajante. Assista!
Como os idosos podem tratar varizes nos membros inferiores?
Confira a explicação do Dr. Claudio Jacobovicz da Angioplástica!
Corrida pode levar a formação de varizes?
A temperatura amena do Brasil ao longo do ano leva muitas pessoas a realizar esportes ao ar livre. Por isso, durante o dia, e até mesmo à noite, a gente vê muita gente andando de bicicleta, caminhando ou correndo, alguns até se preparando para sua próxima maratona. Mas será que eventualmente corridas extremas podem causar varizes dos membros inferiores?
Corridas extremas podem levar à formação de varizes?
Essa é uma pergunta muito comum. E a resposta correta é talvez. Corrida é um dos melhores exercícios para manter suas veias fortes e um ótimo retorno venoso, mas, também, muitos destes movimentos traumáticos repetitivos podem levar à lesão venosa. No geral, corredores tendem a ser menos sintomáticos a problemas venosos, mas não necessariamente eliminam o problema. Então, qual poderia ser a causa da sua insuficiência venosa?
Hereditariedade é fator contribuinte para as varizes?
Se apenas um dos seus pais apresentar varizes, você tem chance entre 33 e 50% de desenvolver o mesmo problema. Se ambos tiverem histórico de varizes, a sua chance de desenvolver aumenta para 90%. Envelhecimento, utilização de hormônios, anticoncepcionais ou reposição e gestação também podem levar à formação de varizes dos membros inferiores e/ou teleangectasias.
Realize um tratamento para evitar piora dos sintomas
Se você sofre de varizes, não pense que suas corridas extenuantes vão fazer com que seu problema desapareça. Se não tratada, esta condição pode levar ao aparecimento de edema, severa dor e fadiga, todos eles podendo limitar sua atividade física favorita. E, ainda pior, se continuar realizando seu exercício nessas condições, pode ocorrer uma dilatação das veias, aumentando o problema.
Tem mais alguma dúvida? Entre em contato com a gente pelo telefone (41) 3225-2299 ou WhatsApp 41 99105-2299!
Por Claudio Jacobovicz
3 razões para não deixar de lado o tratamento das varizes
Por Claudio Jacobovicz
Se você é um dos muitos brasileiros que pensam que varizes dos membros inferiores, ou mesmo as teleangectasias (varicoses), são apenas problemas estéticos e não requerem tratamento, está na hora de desconstruir este pensamento.
Existem diversos riscos à saúde se você deixar as varizes ou varicoses sem o devido tratamento. Antigamente, só se cogitava intervenção cirúrgica; hoje em dia existem várias opções de tratamento, eventualmente mais conservadores.
Portanto, não deixe o medo do tratamento causar algumas destas situações:
Úlceras de perna:
Quando não tratadas, as varizes podem dificultar a circulação sanguínea. Levando a um edema, prurido, inflamação da pele, alteração da coloração e, até mesmo, úlceras muito dolorosas. Estas podem ser muito difíceis de cicatrizar, até que um tratamento para restaurar o fluxo venoso seja utilizado.
Coágulos sanguíneos:
Veias varicosas não tratadas e, também, o refluxo venoso, podem levar à formação de coágulos sanguíneos que se formam nas veias logo abaixo da superfície da pele, causando vermelhidão, edema e dor. Esta situação é chamada de tromboflebite superficial.
O coágulo sanguíneo que se forma nas veias profundas é denominado de trombose venosa profunda. Estes coágulos podem ser marcados por muitos sintomas, incluindo os da tromboflebite superficial, mas também, podem ser assintomáticos. Porém, se um coágulo destes se solta, pode ir até os pulmões e determinar uma condição potencialmente fatal, a temida embolia pulmonar.
Pacientes com doença venosa necessitam estar particularmente precavidos para longas viagens, aéreas ou rodoviárias.
Sangramento:
Com o passar do tempo, as varizes podem causar lesões na pele, que ficam mais frágeis e delgadas. Isto faz com que esta fique mais suscetível a lesões, podendo ocorrer uma perda sanguínea significativa nestas situações.
Se você tem varizes dos membros inferiores, mesmo em situação leve, consulte um especialista da sua confiança. Quanto mais precoce o tratamento, mais rápido, menos invasivo e mais tranquilo ele será.
Continua com dúvidas sobre o tratamento de varizes? Entre em contato com a gente!
O linfoma e as próteses de mama
Por Joel Jacobovicz
De tempos em tempos a ciência médica aplicada é submetida a novas informações vindas dos laboratórios e das pesquisas básicas. Estas aprofundam conhecimentos muito estabelecidos. Desta forma, a medicina avança e permite que mais pessoas sejam tratadas melhor. Na cirurgia plástica isto não é diferente.
A partir de 2016, a Organização Mundial de Saúde reconheceu o linfoma de células anaplásicas associado a implantes de silicone (BIA-ALCL) como um novo tipo de entidade clínica independente dos outros linfomas. Embora não esteja comprovado que implantes mamários sejam os agentes causadores deste tipo de linfoma, fortes evidências sugerem esta associação. Recentes estudos mostram que esta não é uma doença da mama, mas, sim, que se desenvolve na face interna da cápsula fibrosa adjacente ao implante e que naturalmente pode infiltrá-la e aos tecidos ao redor da cápsula.
Na última atualização dos órgãos competentes dos EUA (FDA) e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, foram relatados até o momento pouco menos de 400 casos nos EUA e predominantemente em mulheres submetidas a mamoplastias com próteses de silicone texturizada. Infelizmente, a dificuldade prática inicial em verificar os casos com precisão, dificuldade diagnóstica e desconhecimento da doença fazem com que os dados e as estatísticas estejam imprecisas no mundo todo. Neste ponto, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, associada às outras sociedades de especialidade de outros países, trabalham no sentido de normatizar critérios e exames para identificação precoce de possíveis pacientes com a doença. Considera-se nos EUA o risco aproximado de desenvolvimento de BIA-ALCL de 1:30.000 mulheres com implantes texturizados. Na Austrália, segundo os órgãos de saúde daquele país, falam em um risco de 1:10.000 mulheres. Até o momento deste texto, nenhuma paciente de origem asiática foi identificada como portadora do BIA-ALCL. Essa ampla variabilidade expõe extensa controvérsia a respeito desta doença, e teorias para sua origem estão sendo propostas. A teoria multifatorial (fatores genéticos, textura do implante e biomas bacterianos diversos) é a mais aceita.
O diagnóstico desta doença passa pelo exame físico da paciente na busca de nódulos linfáticos palpáveis ou linfonodomegalia regional. Seroma tardio (após um ano ou mais anos) é o achado mais frequente nesta doença (60 a 70% dos casos). Este seroma varia de volume de 50 a mais de 500 cc e pode ser mais espesso que o seroma habitual, pois carrega alto teor de proteínas e células. O espessamento da cápsula da prótese é frequente, mas não necessário.
Em pacientes com aparecimento de seromas tardios, este líquido deve ser aspirado e enviado para exames específicos (CD30, ALK, citologia e citometria) que, embora não sejam exatos e nem empregados de rotina, sua positividade associada a achados clínicos, radiográficos e ultrassonográficos evidenciam a doença e ajudam em um tratamento precoce e eficaz.
Embora os poucos casos relatados direcionem a doença para os implantes texturizados, não há evidências até o momento que sugiram a não utilização destes implantes, cujos índices de complicações pós-operatórias são menos frequentes que os implantes lisos. Não se sugere também a troca destes implantes em pacientes assintomáticos.
O centro de Câncer Americano (NCCN) define que a cirurgia de retirada total da cápsula e dos implantes é o melhor tratamento para a maioria dos pacientes com linfoma restrito a cápsula ou no líquido adjacente à cápsula (seroma). BIA-ALCL avançado, como qualquer linfoma avançado, pode necessitar de tratamento oncológico específico.
Com a colaboração dos pacientes em retornarem para realizar suas consultas de rotina tardia, realização da ultrassonografia anual (método de escolha para iniciar a investigação) e maior esclarecimento e entendimento da doença, um número significativo de mulheres podem ser tratadas precoce e adequadamente desta doença.